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As chamadas Vias Verdes (Greenways, em inglês) são rotas de ligação para serem percorridas a pé ou de bicicleta, em linhas ferroviárias abandonadas e margens de rios e ribeirões. Além disso, algumas características físicas são necessárias, como a continuidade do caminho, o trajeto afastado do tráfego de veículos motorizados, o número reduzido de cruzamentos com as ruas e a baixa inclinação do percurso.
As Greenways já são uma realidade na Europa e América do Norte. Nos Estados Unidos, há mais de 1.200 trilhos abandonados que foram convertidos. Na Alemanha, são mais de 600 desses caminhos, e na Espanha, há mais de 2.000 km de vias verdes em utilização.
E agora, Santa Catarina tem a oportunidade de entrar no mapa das Vias Verdes. Trata-se do Caminho do Rio do Peixe. O projeto, desenvolvido pela Brandalise Arquitetura, prevê a conversão do trecho catarinense da antiga Estrada de Ferro São Paulo – Rio Grande em uma ciclovia que corta o estado de norte a sul.
“Serão mais de 300 km de um eixo de desenvolvimento e atratividade”, pontua Carolina Nunes, arquiteta de ecossistemas urbanos da Humanität que participa do projeto. “As pessoas passam a conhecer as próprias paisagens da cidade que não conheciam. A partir daí, começa a criar afinidades com estes novos pontos. Muda a maneira como o morador local vê sua própria cidade.”
Além dos trechos urbanos, que passam pelas áreas centrais de diversos municípios, o Caminho do Rio do Peixe tem um potencial integrador da região. “No Brasil pouca gente tem a qualidade de pegar a sua bicicleta e ir até outro município. Como está fora do eixo de carros, dos cruzamentos e dos caminhões, o caminho verde estimula a participação de toda a família nos roteiros, inclusive das crianças. Da mesma forma, não é um passeio contra o relógio. A rota estimula ao usuário experimentar as infraestruturas e acrescentar a ela novos usos: recrear, contemplar a paisagem, convivência com família e amigos”, completa a arquiteta.
Caderno de Apresentação do Anteprojeto
Fotografias em Videira e região – espaços públicos e ferrovia